É abrir a rede social, e vejo milhares de postagens e
comentários gritando contra os Direitos Humanos. Não me espanta, aqueles que falam mal, nunca
leram a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH).
A Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) foi
criada em 10 de dezembro de 1948, pela Assembleia Geral das Nações Unidas.
Inúmeros países assinaram e, como o Brasil, se comprometeram a guiar suas
sociedades tendo como base a DUDH.
Atentem-se para a data. A DUDH foi promulgada 3 anos
depois da 2ª Guerra Mundial. O mundo havia vivenciado o horror do holocausto e
as chances de repetirmos os mesmos erros eram enormes. Milhares de judeus,
ciganos dentre outras minorias sofreram com o avanço dos regimes facistas na
Europa.
Considerando que todos os membros pertencentes à
família humana possuem direitos iguais, inalienáveis que são fundamentados na
liberdade, na justiça e na paz mundial. Que o desrespeito aos direitos humanos
nos levaram, muitas vezes, a barbárie; para que oprimidos não sejam compelidos
à rebelião contra a tirania e a opressão, para que possamos viver em paz com
outros povos e nações e que tenhamos liberdade de palavra, crença e a salvo do
temor, foi proclamada a DUDH.
A DUDH é uma diretriz, um código de conduta que nos
permite organizar a sociedade de forma mais justa, mais fraterna e combatendo a
intolerância, o preconceito e a discriminação seja ela de nacionalidade, raça
ou credo.
Os três primeiros artigos da DUDH falam que todos nós
nascemos livres, iguais, independente da nossa origem e, todos temos direito a
vida, à liberdade e à segurança pessoal. Todo ser humano, quando acusado de um
crime, é considerado inocente, até que sejam averiguadas a culpa e o mesmo
julgado e condenado.
Vozes indignadas e raivosas clamam que criminosos não
deveriam ter esses direitos, que são aberrações e deveriam ser extirpados da
sociedade. Que os “Direitos Humanos” ajudam apenas bandidos. Entendam, o
direito é para todos. Isso inclui você, sua mãe, seus amigos, outras pessoas
que não temos relações, TODAS as pessoas da face da Terra, e fora dela.
Ainda não entenderam? Calma. Sabe aquela hora que você
presencia um assassinato, vira testemunha e precisa ser protegido? Sabe aquela
hora que um policial corrupto fala que encontrou uma garrafa de pinho sol e te
acusa de estar portando material para fazer coquetel molotov? Sabe aquela hora
que um governo tirano resolve exterminar todos aqueles que não concordam com
ele? É nessas horas e em muitas outras situações de opressão que a DUDH se
torna primordial. Na hora de preservar a vida, seja de quem for.
É responsabilidade de todos os países que assinaram a
declaração guiarem-se por ela, instruírem a população e faze-la respeitada. As
diversas comissões, órgãos e organizações não-governamentais que carregam a
bandeira da DUDH ajudam na implementação e na fiscalização para que, trinta
artigos que visam promover a vida, não se tornem apenas palavras escritas no
papel.
Referências bibliográficas:
- Resolução nº 217 da 3ª
Assembleia Geral da ONU, de 10 de dezembro de 1948 (Declaração Universal dos
Direitos Humanos). Disponível
em: http://www.onu.org.br/img/2014/09/DUDH.pdf.
- O Holocausto (Artigo
resumido). Disponível em: https://www.ushmm.org/wlc/ptbr/article.php?ModuleId=10007867.
- A declaração universal
dos direitos humanos. Disponível em: https://nacoesunidas.org/direitoshumanos/declaracao/
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