quinta-feira, 12 de abril de 2018

Direitos Humanos, que joça é essa?



É abrir a rede social, e vejo milhares de postagens e comentários gritando contra os Direitos Humanos.  Não me espanta, aqueles que falam mal, nunca leram a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH).

A Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) foi criada em 10 de dezembro de 1948, pela Assembleia Geral das Nações Unidas. Inúmeros países assinaram e, como o Brasil, se comprometeram a guiar suas sociedades tendo como base a DUDH.

Atentem-se para a data. A DUDH foi promulgada 3 anos depois da 2ª Guerra Mundial. O mundo havia vivenciado o horror do holocausto e as chances de repetirmos os mesmos erros eram enormes. Milhares de judeus, ciganos dentre outras minorias sofreram com o avanço dos regimes facistas na Europa.

Considerando que todos os membros pertencentes à família humana possuem direitos iguais, inalienáveis que são fundamentados na liberdade, na justiça e na paz mundial. Que o desrespeito aos direitos humanos nos levaram, muitas vezes, a barbárie; para que oprimidos não sejam compelidos à rebelião contra a tirania e a opressão, para que possamos viver em paz com outros povos e nações e que tenhamos liberdade de palavra, crença e a salvo do temor, foi proclamada a DUDH.

A DUDH é uma diretriz, um código de conduta que nos permite organizar a sociedade de forma mais justa, mais fraterna e combatendo a intolerância, o preconceito e a discriminação seja ela de nacionalidade, raça ou credo.

Os três primeiros artigos da DUDH falam que todos nós nascemos livres, iguais, independente da nossa origem e, todos temos direito a vida, à liberdade e à segurança pessoal. Todo ser humano, quando acusado de um crime, é considerado inocente, até que sejam averiguadas a culpa e o mesmo julgado e condenado.

Vozes indignadas e raivosas clamam que criminosos não deveriam ter esses direitos, que são aberrações e deveriam ser extirpados da sociedade. Que os “Direitos Humanos” ajudam apenas bandidos. Entendam, o direito é para todos. Isso inclui você, sua mãe, seus amigos, outras pessoas que não temos relações, TODAS as pessoas da face da Terra, e fora dela.

Ainda não entenderam? Calma. Sabe aquela hora que você presencia um assassinato, vira testemunha e precisa ser protegido? Sabe aquela hora que um policial corrupto fala que encontrou uma garrafa de pinho sol e te acusa de estar portando material para fazer coquetel molotov? Sabe aquela hora que um governo tirano resolve exterminar todos aqueles que não concordam com ele? É nessas horas e em muitas outras situações de opressão que a DUDH se torna primordial. Na hora de preservar a vida, seja de quem for.

É responsabilidade de todos os países que assinaram a declaração guiarem-se por ela, instruírem a população e faze-la respeitada. As diversas comissões, órgãos e organizações não-governamentais que carregam a bandeira da DUDH ajudam na implementação e na fiscalização para que, trinta artigos que visam promover a vida, não se tornem apenas palavras escritas no papel.

Referências bibliográficas:
- Resolução nº 217 da 3ª Assembleia Geral da ONU, de 10 de dezembro de 1948 (Declaração Universal dos Direitos Humanos). Disponível em: http://www.onu.org.br/img/2014/09/DUDH.pdf.

- O Holocausto (Artigo resumido). Disponível em: https://www.ushmm.org/wlc/ptbr/article.php?ModuleId=10007867.

- A declaração universal dos direitos humanos. Disponível em: https://nacoesunidas.org/direitoshumanos/declaracao/





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